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Queixas osteomusculares relacionados ao trabalho: enfoque no canavieiro

As lesões por esforços repetitivos (LER) ou distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT) são características por sinais e sintomas nos locais anatômicos mais utilizados em funções ocupacionais. Vêm crescendo de forma preocupante, visto que, mundialmente, a prevalência desta doença atinge proporções epidêmicas, resultando em redução da produção e afastamento das ocupações. Os trabalhadores com diagnóstico de LER/DORT, de acordo com o Ministério da Saúde (Brasil, Ministério da Saúde, 2001) são, em sua maioria, jovens e mulheres, entre 20 e 39 anos. O quadro mais comum são sintomas de parestesias, dores, dificuldades em realizar suas atividades profissionais e de vida diária. Dentre os setores mais acometidos, destaca-se o canavieiro. Esse profissional repete exaustivamente os gestos de abraçar o feixe de cana, curvar-se, golpear o facão, girar e empilhar a cana nos montes. Essa seqüência contínua de movimentos torna o trabalho repetitivo e monótono, deixando o canavieiro susceptível ao desenvolvimento de doenças osteomusculares. Assim, com o objetivo de caracterizar os locais anatômicos mais acometidos neste setor, foi realizada uma pesquisa investigatória que contou com a participação de 100 trabalhadores da cultura canavieira de uma usina do noroeste paulista, o qual foram solicitados a responder um questionário previamente validade na literatura científica, conhecido como Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares. Dentre a população estudada, 89% relataram alguma queixa osteomuscular. O local anatômico mais afetado foi à coluna lombar e dorsal (24%), seguida pela região de punhos (23%) e, finalmente, a região do antebraço com 18%. Em relação ao nível de dor, 70% dos entrevistados apresentavam dor moderada. A coluna vertebral foi o local mais acometido dentre os profissionais canavieiros, devido às posturas inadequadas ao longo da jornada de trabalho juntamente com os movimentos repetitivos para o manuseio de técnicas, podendo desencadear incapacitação laboral. A análise desenvolvida revela a necessidade de intervenção fisioterapêutica com programas sistematizados de orientação postural e cinesioterapia laboral supervisionada, bem como análise ergonômica dos gestos habituais desta população. Esta abordagem pode contribuir para minimizar os problemas descritos, já que tais práticas auxiliam no equilíbrio das funções motoras, como manutenção de bons níveis de tônus muscular, amplitude e estabilidade articular, além de potencializar um melhor funcionamento neurohumoral, conforme descrito amplamente no meio científico. Gilvan Barbosa, aluno do Curso de Fisioterapia da Unijales Josiane Schadeck de Almeida, professora mestre de Fisioterapia da Unijales

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