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O fato de ter 100% de esgoto tratado e desenvolver um amplo trabalho de conscientização ambiental continua colocando a Divisão da Sabesp de Jales em posição de destaque, em nível nacional, principalmente junto às administrações municipais que buscam aprimorar obras e serviços nesse setor e precisam de informações para realizar esses serviços. Na última quarta-feira, dia 29, quem esteve em Jales foi a bióloga Cláudia Rocha, coordenadora das estações de tratamento de esgoto de Joinvile (SC) e Daniela Farias, engenheira ambiental e coordenadora do Programa de Educação Ambiental da Cia. Águas daquela cidade. Cláudia disse que dentro do planejamento estratégico da sua área está a elaboração de um projeto para transformar a Estação de Tratamento de Esgoto de Joinvile, que como em Jales, também é formada por lagoas de estabilização, num complexo sócioambiental. Para isso é necessário desenvolver várias atividades que consigam interagir com a comunidade, pois lá a estação está localizada dentro da área urbana, onde existem vários problemas, em função do odor, do vandalismo e pelo fato dessa área não ser atendida pela rede coletora de esgoto da cidade. Para reduzir esse impacto, Cláudia vê a necessidade de desenvolver parcerias que possam oferecer melhor qualidade de vida para a comunidade com ações como a transformação da ETE em um ponto de referência ambiental, como o realizado pela Sabesp. Cláudia soube do trabalho realizado em Jales através de várias fontes como publicações especializadas e por técnicos que participaram de encontros onde o assunto foi comentado. Cláudia disse que aprendeu muito em Jales, pois pelo que conheceu, percebe que dá para levar para Joinvile o modelo de paisagismo e reflorestamento realizado com parcerias, além da própria eficiência da lagoa de tratamento. O trabalho em Joinvile deverá ser executado por etapas, em uma área de 100 hectares que não pode ser cuidada de uma só vez, pois exige muitos recursos que dependem de parceiros em várias áreas. EDUCAÇÃO Essas parcerias desenvolvidas em Jales também chamaram a atenção de Daniela que achou muito interessante o trabalho realizado nas escolas, para que os alunos visitem a estação de tratamento. Ela disse que deu para perceber que as parcerias com empresas, escolas e entidades tornaram aquele local bem especial, pois as pessoas podem perceber como é feito o tratamento do esgoto e tudo de bom que ele oferece. A idéia que se tem de um lugar como esse, segundo ela, é de que é um local feio e cheio de coisas ruins, quando na verdade não é assim, mesmo porque o tratamento de esgoto é muito bom para a qualidade de vida da população. RECONHECIMENTO Para Dalua, visitas técnicas como essa é o reconhecimento pelo trabalho realizado. Ele disse que a ETE já foi visitada por engenheiros do Ceará, do Rio de Janeiro, de Belo Horizonte, de Cuiabá e de outros locais. Ele reconhece que um trabalho como esse é mais fácil de ser realizado em municípios menores, mas é importante tenham uma referência para as suas cidades. Dalua também mostrou para Cláudia e Daniela a estação coberta de Guzolândia e as de Marinópolis e São Francisco que são estações com filtros. Elas também estiveram em Prudêncio e Morais, para conhecer o saneamento rural. Mas o ponto de referência é mesmo a ETE, como afirmou Dalua, lembrado o trabalho realizado desde 2000 que começou com as professoras da Unijales Gema Prandi Rosa e Maria Magalhães. Hoje a ETE de Jales, segundo Dalua, é conhecida em todo o país e está sendo divulgada em todos os setores da Sabesp no Estado de São Paulo, inclusive na área ambiental da empresa, visitada pelos acionistas. Mostrar o que é feito em relação ao tratamento do esgoto, como afirmou Dalua, é muito importante, pois as pessoas não vêm esse trabalho, mas apenas a água que chega nas torneiras. Além disso, as pessoas precisam se conscientizar para não jogar lixo e objetos no esgoto e isso não acontece do dia para a noite. Assim, é necessário ter um local que as pessoas possam visitar para saber como esse trabalho é importante. Jales, como afirmou Dalua, também ganha com essas visitas, pois uma das idéias trazidas de Joinvile que ele pretende implantar é montar uma casa, em um local apropriado, para explicar como funciona todo o sistema de esgoto. Fonte: Jornal de Jales