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Fazendo história

Novembro de 2008, a TV noticia a vitória do então candidato a presidência dos EUA,o democrata ,Barack Obama. É ele o primeiro presidente negro da história de um país mergulhado no racismo e segregação. Por outro lado, milhões de negros na periferia amargam os baixos salários e níveis baixos de escolaridade. Ressoa na figura do mais novo presidente a esperança de dias melhores para aqueles que lá vivem. Seria ele tão apreciável quanto nosso líder Martin Luther King, o qual lutou pelo fim do apartheid norte-americano tornando-se uma máxima da resistência negra? Ou seria apenas mais uma figura do neoliberalismo, a fim de mostrar a tão proclamada democracia das oportunidades?Na escola, esse é um dos muitos, assuntos que debato com meus alunos nesses dias onde reivindicamos uma consciência negra mais efetiva; acesso à universidade, ao trabalho, à moradia, à inclusão social... Minha trajetória se confunde com essas discussões, tais assuntos exemplificam o chão social onde crescem (e cresceram) as preocupações sobre as relações humanas. Ao longo do meu percurso como estudante/pesquisador aprendi que esses diálogos com o social é que embasa nosso conteúdo de história. Atento para não fazer dele um mero instrumento para fins da luta política e ideológica, entretanto, um instrumento de análise dos acontecimentos, a fim de pôr à disposição da sociedade formas alternativas e refinadas de olhar para o passado, e isso, evidentemente, tem sérias implicações políticas. Difícil tarefa essa de mostrar às novas gerações que o fazer política e construir conhecimento em história são, ao mesmo tempo, práticas sociais imersas em relações de poder e que possuem modos distintos de criar seus objetos de estudo e de ação política. O conhecimento histórico decorre de uma atitude intelectual e tal procedimento não está fora de um contexto de aspirações e de projetos políticos, mas exige muito mais do que disposição e vontade de criticar os poderes estabelecidos, uma vez que se consolidam com a utilização rigorosa de uma teoria, de um método e de uma série de fontes, elementos que singularizam uma análise histórica em relações a outras narrativas. Na urgência de refletir sobre estes assuntos, e de outros, a ensino/pesquisa em história entra como instrumento primordial para desvendar os ?jogos do poder?.É com este intuito que entro no Programa de Mestrado da PUC, uma conquista que compartilho com o pessoal do Curso de História da UNIJALES, pois foi também lá, que constitui-se um pouco de minha vivência, o apoio e a cumplicidade dos professores acabou por permitir uma formação adequada a dar continuidade a meus estudos.Certo das dificuldades que enfrentam muitos jovens negros, afinal não sem dificuldades, consegui concluir o curso (chamo atenção para os muitos que ficaram pelo caminho pela falta de oportunidades).No entanto a perspectiva de luta social é cada vez mais intensa e revitalizada com o ensino/pesquisa em história.Como diria Paulo Freire; ?Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda? . Adilson S. Reis Ex-aluno do Curso de História da Unijales, professor da Rede Pública de ensino, ingressante do Mestrado 2009-PUC/SP

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